Por que janelas olhas?
Desta vez a reflexão foi inspirada na foto!
Ao ver este cenário surgiu-me de imediato a pergunta "por que janelas olhas?"
Pensei automaticamente nas cabeças que vemos a espreitar nas janelas das aldeias, a ver a vida a acontecer lá fora, a contemplar o carro que passa, a criança que chora, a mãe que não sabe o que faz, o homem que ri quando quer chorar, enfim, a vida a acontecer, tal como ela é…
E enquanto se vê e se contempla essa vida a acontecer, enquanto se observa o outro no seu destino, na sua alegria e na sua dor, o que se aprende? Que reflexo vemos de nós?
Estaremos apenas a usufruir?
Estaremos à procura de dedos para apontar?
Estaremos vivos?
Haverá na observação um interesse em olhar para dentro e refletir?
Haverá nessa contemplação um construir de sonhos, de metas, de conquistas?
Haverá um desafio interno de olhar janelas maiores, mais brilhantes, iluminadas, floridas, cantadas, vividas, gargalhadas…
E o que procuramos quando contemplamos? Risos, choros, amor, rancor, sorrisos, dor, mágoas, humor?
E se agora… essas janelas são a janela de casa que dá para a varanda do vizinho, ou o ecrã do telemóvel que reflete quantas vidas escolhemos, o canal de televisão que passa o conteúdo que acha que nos interessa, os sítios que escolhemos ir, o lado que escolhemos ver, as "lentes" com que vemos o mundo sem saber se realmente vemos?
E se essas janelas são os teus horizontes, as crenças que te limitam ou fazer voar, as oportunidades que surgem ou se calam, as vidas que podes ter se escolheres ver determinada imagem…
Que janelas tens espreitado? Que janelas deixaram de te servir? Que novas janelas vais abrir?
(só tu tens as tuas respostas)
Com amor,
Andreia Gameiro dos Santos